A Polícia Civil de Alagoas concluiu, nesta quinta-feira (8), o inquérito que apurava a morte da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, de apenas 15 dias, em Novo Lino. O caso causou comoção nacional e mobilizou as forças de segurança do estado.
A mãe da bebê, Eduarda de Oliveira, de 22 anos, foi indiciada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime, de acordo com o Código Penal Brasileiro. Segundo a corporação, a tipificação dos crimes ainda pode ser revista, caso fique comprovada, por meio de laudo pericial, a ocorrência de transtorno psíquico relacionado ao estado puerperal — o que poderia reclassificar o crime como infanticídio.
Perícias realizadas pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo Instituto de Criminalística revelaram que o corpo da criança não apresentava sinais compatíveis com os mais de quatro dias que, supostamente, teria permanecido no local onde foi encontrado. Os indícios sugerem que o cadáver pode ter sido mantido temporariamente em outro ambiente — possivelmente refrigerado ou sob alguma forma de conservação artificial — antes de ser colocado no armário onde foi localizado.
Diante dessas evidências, as investigações seguirão para apurar a possível participação de terceiros na ocultação do corpo ou em outros aspectos relacionados ao crime.
